domingo, 20 de junho de 2010

Determinação de ferro

Neste trecho do Caminho, entre Astorga e Ponferrada o traçado faz uma transição entre as planícies do Páramo para as constantes subidas e descidas dos Montes de León, o que torna o caminho duro mas não menos belo.

O dia amanheceu de cara fechada e o frio durante a subida até a Cruz de Ferro, a uma altitude de 1.504m, necessitou uma determnação de ferro também. Neste ponto emblemático do Caminho deixamos nossa medalha presa ao poste onde se encontra a cruz. A vista é impressionate devido ao morro de pedras que se formou em torno da cruz, pedras estas que cada peregrino deixa como marca de sua passagem, bem como outros pertences presos ao poste, como manda a tradição.

Logo que começamos a descer, conhecemos o povoado de El Acebo, um pueblo considerado como mágico por druidas e celtas, cujo aspecto diferente de suas antigas construções fazem deste lugarejo uma lembrança também inesquecível, bem como Manjarín, seguindo logo abaixo cujo pueblo vive apenas uma pessoa, que se entitula o último templário.

Passamos também por Molinaseca, "um oásis no Caminho" como diz a placa na chegada da cidade. Fizemos algumas fotos também deste belo vilarejo.

Por fim, chegamos a Ponferrada onde pernoitamos. O Castelo é, sem dúvida, a visão mais imponente do lugar. Já falamos sobre ele no post "A Herança Templaria", no mês de abril, mas ainda assim vale ressaltar que é uma obra magnífica que emociona pela sua história e seu mistério.

A cada dia mais e mais surpresas surgem ao corpo e a alma. Determinação de ferro e coração aberto é o segredo de se aproveitar bem o Caminho que, repito, é sempre muito difícil e sobretudo muito especial!














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